Por causa dass medidas impostas em Portugal, e um pouco por todo o mundo, para evitar a propagação da COVID-19, os eventos da CreativeMornings Porto tiveram que passar a ser realizados online. Naturalmente a fotografia dos eventos ficou posta de parte e por isso começamos a pensar como poderíamos preencher o espaço deixado vazio pelas fotos no Flickr. Espaço foi a palavra-chave. Os eventos não vão ocorrer num espaço fisico mas no espaço virtual. No entanto, cada participante assiste ao evento no seu espaço físico e estes espaço estão dispersos num espaço geográfico. Um mapa surgiu, então, como a forma natural de representar o espaço do evento.
Poderíamos fazer isto de múltiplas formas, mas aproveitei a oportunidade para criar uma definição com o Grasshopper de modo que pudesse ser reutilizável. O passo inicial é obter a base cartográfica e para isso existem múltiplos plugins, por exemplo o Heron, Elk, Meerkat ou o Mosquito, para além do componente Import SHP que vem com o Grasshopper. Decidi usar o Mosquito para importar os mapas do OpenStreetMaps e o Heron para obter as coordenadas geográficas (Lat/Lon) a partir de moradas. O Mosquito também tem um componente que devolve coordenadas a partir de moradas, no entanto não admite listas de moradas. Uma das ideias iniciais era usar as coordenadas GPS nos metadados das fotografias mas as fotografias chegaram sem esses dados.
Foi pedido a cada participante que tirasse duas fotos suas e que indicasse a freguesia e o concelho de onde estava a assistir ao evento. Recebi as imagens com os nomes no seguinte formato: Nome Sobrenome_Freguesia_Concelho.jpg. Usei o plugin Human para mapear a foto de cada participante numa superfície sobre a respectiva localização geográfica. Por fim, como as moradas apenas descriminam a freguesia, vários participantes ficaram sobrepostos no mapa. Para resolver isto usei o Kangaroo para optimizar o posicionamento de cada uma das superficies, mantendo-as o mais próximo possível da coordenada original e o mínimo de sobreposição.
Passo 1

Passo 2

Passo 3

Ao contrário do esperado, apareceram vários participantes de fora da Área Metropolitana do Porto. O Mosquito não é a ferramenta ideal para lidar com dados à escala nacional porque requisita sempre ao servidor as estradas principais. O problema é que à escala do país o volume de dados é grande e torna o modelo muito lento. Uma solução simples foi importar um ficheiro SHP com as fronteiras nacionais, disponível aqui, e escalar a fronteira e as localizações dos participantes para uma área mais pequena junto ao mapa da área metropolitana.
Passo 4

Passo 5

Resultado
